O ano de 2022 iniciou e segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) – medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) – os valores de móveis foram impactados por um aumento de 2,07% em relação à inflação, em comparação aos valores praticados em dezembro de 2021.
Diante disso, o aumento sistemático e contínuo de preços no setor moveleiro, fechou o ano de 2021 com acúmulo de 15,7%, o que é considerado por especialistas, um índice alto para o consumidor brasileiro – que vem reduzindo gradativamente o seu poder de compra.
Mesmo com quase toda a população brasileira vacinada, este novo período ainda conta com muitos desafios, principalmente para o varejo de móveis, que já passou por bastante mudança nos últimos 2 anos.
E para que os negócios voltados à comercialização de móveis continuem atingindo os seus índices de sucesso, implementar estratégias focadas no que ainda é chamado de ‘retorno pós-pandemia´, passa principalmente pela adaptação aos meios digitais – seja pela adoção de e-commerce, venda via marketplaces, divulgação em redes sociais e relacionamento omnichannel com o consumidor – todas essas, ações fundamentais para este momento de retomada.
E se a reabertura econômica exige transformações para que negócios em todos os setores continuem aquecidos, acompanhe a seguir 5 estratégias que devem constar no planejamento de todo gestor de negócios do varejo de móveis.
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O Cliente-Usuário no centro
Para atender à nova realidade digital e às expectativas do consumidor neste novo contexto, é preciso inovar. E essa tarefa vem sendo um grande desafio para o lojista desde que a pandemia da Covid-19 iniciou, período em que os negócios precisaram realizar modificações em seus formatos de venda e relacionamento, visto que desde então, uma grande parte das transações comerciais passou a acontecer de forma on-line.
Em pesquisa recente realizada pela IEMI – consultoria de inteligência de mercado que atende indústrias e entidades com dados numéricos qualitativos, quantitativos e comportamentais do setor – 63% dos consumidores fizeram a sua última compra de móveis em lojas físicas e cerca de 36% já adquiriram móveis pela internet, demonstrando a necessidade dos gestores do varejo de móveis estarem atentos aos seus canais de comunicação, venda e relacionamento com clientes.
Dentre os consumidores que compraram pela internet, a IEMI coloca que 97% ficaram satisfeitos com a aquisição e que a motivação da compra on-line, aconteceu principalmente pelos valores serem mais baixos e muito também pela facilidade em pesquisar a concorrência, além da comodidade de comprar sem sair de casa.
Com a combinação de compra por meios eletrônicos e o feedback dos consumidores praticamente em tempo real, o controle de qualidade por parte do lojista deve estar no planejamento para uma boa gestão de clientes, visando capacitar todo o time de forma eficiente, tendo o foco de de monitorar o desempenho de todos, mas principalmente promover o engajamento da equipe na melhoria da experiência do consumidor. O foco deve ser total no cliente.
Logística
Ganha quem entrega mais rápido, conta com diversas opções na forma de entregar e oferece frete grátis. Sim! E por menores que já estejam os valores de frete, esse é um mantra que todo o cliente ainda gosta de escutar, tendo inclinação a fechar negócio com as lojas que oferecem essa vantagem.
Vale lembrar que à medida em que as empresas passam pelo processo de transformação digital, investir no aprimoramento do setor de logística é crucial dentro da estratégia de retomada, afinal, com a reabertura de pontos físicos, já existe a tendência de integração entre todas as pontas de venda, do on-line até o offline.
Desta forma, a logística é algo que precisa ser aprimorado, principalmente no que tange aos prazos de entrega – cada vez mais enxutos – e que também atraem o consumidor que anseia por receber seu pedido.
ESG
Outra super tendência são as práticas ESG, ou seja, a adoção e a implementação de programas e práticas ambientais, sociais e de governança corporativa. E esta passa a ser uma nova preocupação no varejo de móveis, onde fornecedores e parceiros buscam atuar dentro de uma cadeia sustentável de produção e comercialização.
No mesmo estudo realizado pela IEMI, quando o quesito é a sustentabilidade, 63% dos consumidores informaram que compraram móveis sustentáveis e 92% acreditam que a comunicação, de que o móvel era produzido de forma sustentável, impactou positivamente para a decisão de compra.
Além disso, é importante ressaltar que já existem consumidores dispostos a pagar um valor superior por um móvel sustentável, desembolsando até 26% a mais, em média, pelo produto – ou seja, essas práticas estão sendo avaliadas por quem está na ponta comprando algo – afinal, entre uma empresa que atua em prol da sociedade e cuida do meio ambiente, o consumidor irá optar por aquela que não somente visa o lucro, mas que também conta com valores como a sustentabilidade agregados a sua operação.
Segurança Virtual
Frente à expansão que o comércio eletrônico vem sofrendo nos últimos anos, nada mais atual que tratar de segurança cibernética.
Desde 2019, com o aumento no número de transações em e-commerce impulsionado pela pandemia da Covid-19, o foco na segurança das operações on-line deve aumentar e com isso, passa a ser necessária a atenção tanto com a segurança em sites – a fim de evitar fraudes e vulnerabilidades de operações, bem como com os meios de pagamentos, visando a manutenção da privacidade de dados do usuário e a consequente preservação da marca.
Gestão com base em dados
Por último, vale reforçar que organizar e planejar a gestão da sua loja sempre com base em dados, deve ser o norte para todo o tipo de negócio no ano que se inicia, pois somente com o olhar data-driven, gestores do varejo e lojistas podem tomar decisões assertivas e ter uma operação organizada, com processo bem delineados.
Desta forma, saber as respostas certas para as perguntas do negócio, fica muito mais fácil com informações que subsidiam a visão de crescimento frente ao mercado e à concorrência.
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